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Sistematize no COPA 2022!!!

17/12/2022

Fechando o ano de 2022, nosso terceiro ano pandêmico – vencemos mais um desafio para reunir pessoas, capacitar profissionais e fomentar as melhores práticas de Gestão em Anestesiologia… Não podíamos deixar de registrar aqui nossa participação em um evento de peso no cenário nacional que é prestigiado inclusive por autoridades internacionais na Anestesiologia: O COPA – CONGRESSO PAULISTA DE ANESTESIOLOGIA EDIÇÃO 2022, realizado de 21 a 24 de abril, no Transamérica Expo Center, São Paulo/SP.

Além de deixar marcada mais esta atividade conjunta da SISTEMATIZE FUNCIONALIDADES com a SAESP – a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo – ao lado de nomes de destaque da especialidade no país, queremos aproveitar este momento de balanço do ano para SISTEMATIZAR as ideias-chave que veiculamos em nossas participações no COPA e que são úteis também para profissionais de outras áreas:

Planejamento Estratégico – como aplicar o Planejamento Ágil:

1º) Estabelecer visão de médio e longo prazo que estimule a equipe a se  engajar;

2º) Conectar a visão com o propósito do grupo;

3º) Estabelecer os objetivos estratégicos (os do mapa estratégico – que é a “bússola” da equipe);

4º) Estabelecer ciclos de gestão curtos para execução e acompanhamento (bimestral, trimestral, quadrimestral);

5º) Desdobrar projetos ou os objetivos para o 1º. Ciclo;

6º) Traçar os OKRs (Objective Key Results) para o 1º. Ciclo;

7º) Fim de cada Ciclo: celebrar vitórias, identificar as lições aprendidas, fazer o desenho do próximo Ciclo.

Como sistematizar sua ideia de pesquisa para defendê-la?

1º) Definir o tema e o objeto da pesquisa de acordo com os objetivos do programa de pós-graduação;

2º) Revisar a literatura sobre o tema e o objeto separando quais estudos são de vanguarda e quais são de  evolução da pesquisa básica;

3º) Criar um roteiro hierárquico para o texto: do geral para o específico;

4º) Ler a bibliografia levantada e anotar as ideias;

5º) Identificar as ideias úteis e referenciar as fontes;

6º) Organizar as ideias em fichas conforme o grupo: conceitos, intervenções, complicações, conclusões;

7º) Alinhavar as referências escolhidas com o texto;

8º) Identificar quais questões estão em aberto a serem respondidas pela literatura >> Parabéns! Você  chegou a uma ideia relevante, estruturada e fácil de ser defendida >> Prossiga para elaborar o desenho  do estudo (o método para testar a sua hipótese)!!

Características dos profissionais de uma Equipe de Alta Performance:

1º) Compreendem as regras da governança (sua equipe possui regras claras e objetivas?);

2º) Elevados níveis de competência (a liderança traçou um plano de desenvolvimento de competências?);

3º) Elevados níveis de engajamento (a equipe é um time ou um agrupamento?);

4º) Habilidade para se auxiliarem mutuamente (as trocas são estimuladas para o bem comum?);

5º) Sintonia: compartilham dos mesmos valores, objetivos e visão (missão, visão, valores e objetivos estão  definidos claramente?).

Se você deseja se aprofundar em qualquer destas ideias-chave ou saber como elas se aplicariam à sua organização ou à sua equipe, entre em contato conosco!

Júnia Cordeiro

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/sistematize-copa-2022-j%25C3%25BAnia-j-rjeille-cordeiro

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Balanço Geral: sonhos a caminho!

22/01/2022

Fim de ano e início de um novo ciclo: tempos propícios para olharmos para trás e colhermos resultados e lições para lançarmos as nossas redes rumo às realizações desejadas para 2022.

Nós, da Sistematize Funcionalidades, em 2021:

– Provemos mentoria para a profissionalização da gestão de clínicas, consultórios e equipes prestadoras de serviço em busca da entrega de valor ao paciente;

– Implantamos indicadores de performance para mensurar resultados e processos em busca da melhoria contínua na prestação de serviços em saúde e no terceiro setor;

– Desenvolvemos materiais e momentos de aprendizagem exclusivos sobre gestão em saúde para anestesiologistas;

– Auxiliamos profissionais a identificarem suas competências e analisarem o cenário em prol de atingirem o desempenho ocupacional adequado;

– Colaboramos em cursos e eventos com foco na qualidade de vida no trabalho em tempos pandêmicos.

Em 2022, nossos sonhos vão na direção de ampliar nossa oferta de conhecimentos, seja no formato de cursos, seja por meio da consultoria customizada com análise detalhada de sua realidade para prover soluções que estejam adequadas à sua cultura e aos seus recursos, como é o nosso compromisso.

E você? Já fez o balanço de 2021? Que lições tirou? Quais são os sonhos para 2022? Já planejou os passos para tornar os sonhos em realidade?

Precisa de auxílio para fazer seu planejamento estratégico e para tirá-lo do papel?

Continue nos acompanhando nas redes sociais e vamos juntos, transformar cada desafio em um marco surpreendente na sua organização e ou na sua carreira!

Júnia Cordeiro

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/balan%25C3%25A7o-geral-sonhos-caminho-j%25C3%25BAnia-j-rjeille-cordeiro

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Longevidade e Carreira: Reflexões sobre o Desempenho Ocupacional do Profissional Sênior

31/07/2021

Um quarto da população brasileira tem hoje mais de 50 anos. O IBGE projeta que, em 2050, este grupo vai ultrapassar 40% da população!! E como este segmento fica em relação à sua realização no papel ocupacional de trabalhador? Será que pode continuar pensando em “pendurar as chuteiras” com uma aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade? Faz sentido continuar se dedicando à atividade de trabalho remunerado e contribuindo para a sociedade por meio dela? Mas, o mercado de trabalho pode e deve absorver profissionais sêniores? Quantas perguntas…!!!! Vamos então às nossas reflexões/respostas, que você poderá acompanhar nesta matéria ou na gravação do Webinar promovido pelo Insper, com a nossa participação.

  1. Existe uma espécie de prazo de validade para a carreira profissional no mercado de trabalho formal?

Não existe prazo de validade para o desenvolvimento humano, compreendendo que a humanidade e cada ser humano se desenvolve a partir do seu fazer, desde que interaja no mundo das atividades significativas para si; caso contrário, este fazer promove o desequilíbrio funcional e, consequentemente, as doenças.1 Entende-se por Papel Ocupacional de Trabalhador o desempenho de ocupação remunerada regular, que é parte da identidade social de quem trabalha e, portanto, a manutenção de tal papel, se importante para a pessoa, significa a manutenção de como é reconhecida em seu meio social.3,4

  1. Mas, que barreiras existem no mercado de trabalho e no próprio profissional no que tange ao possível avanço do público maduro no Papel Ocupacional de Trabalhador?

Infelizmente, o chamado etarismo ou “idadismo”6 – preconceito em relação à idade do sujeito, traz consigo barreiras caracterizadas pelos seguintes pensamentos em relação ao profissional: não terá vida longa na empresa porque em breve se aposentará; não tem mais energia e está numa posição mais reflexiva e menos proativa; não tem mais sonhos de crescer junto com a empresa; não é capaz de aprender coisas novas; a inovação está atrelada à juventude, só o jovem inova porque é nativo digital; exigirão altos salários; não são facilmente gerenciáveis por pessoas mais jovens que ele…

Por outro lado, o próprio indivíduo também possui barreiras caracterizadas por: possuir uma certa segurança interna que pode levar à inflexibilidade para aprender novas habilidades, para fazer de um jeito novo e para ser liderado por um mais jovem; pode ter assumido o papel de “velho” (ultrapassado, desgastado, sem energia) e não de idoso (cheio de anos = cheio de sabedoria) o que pode facilitar a necessária flexibilidade, firmeza sem rigidez e abertura de mente.

  1. Qual é a importância da diversidade etária nas empresas?

A visão de mundo passou a ser orgânica, multifacetada, ágil e não hierarquizada e rígida (um pensa e os outros executam; o conhecimento está dentro de um certo segmento). O conhecimento e a inovação são produzidos pela conjunção de saberes dentro de uma organização a partir das diferentes visões de mundo e experiência de sua equipe! Diversidade faz parte deste novo mindset! Bichuetti e Bichuetti2 alertam para desvalorização da experiência e das trajetórias de pessoas mais vividas: elas têm uma visão mais aguçada para oportunidades ou possíveis soluções, além de um certo “faro” para situações que podem acarretar problemas no futuro e poderiam ser melhor aproveitadas nas organizações. Por que não mesclar esta visão com a da inovação, métodos ágeis, etc.? Basta que o líder saiba concatenar as diferentes visões e competências, se de fato deseja ter uma equipe de alto desempenho. Ou seja: não faltam pessoas competentes no mercado e sim há falta de gerenciamento adequado por parte das lideranças e de quem toma a decisão sobre o perfil das vagas.2

  1. Quais são as alternativas atuais que o público maduro tem para evoluir profissionalmente enquanto ainda muitas empresas não conseguem enxergar o devido valor deste segmento? Vejamos algumas oportunidades:
    • Ingressar no mundo acadêmico: uma vez que acumularam conhecimento pela experiência, podem influenciar de maneira positiva a formação dos mais jovens ingressando em carreiras acadêmicas e testando suas hipóteses advindas da prática, por meio de cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado); nas carreiras da educação, a maturidade é muito respeitada justamente pela consistência dos conhecimentos aplicados;
    • Atuar em Conselhos de Administração: uma sólida e bem-sucedida carreira aliada à boa formação para atuar nestes Conselhos é um grande ganho para os profissionais seniores bem como para as organizações;
    • Atuar como consultor: é uma atividade empreendedora que está intimamente relacionada com a habilidade de transferir conhecimentos e de acolher, com individualidade, a necessidade dos clientes. A consultoria que agrega valor é aquela que traz, em seu cerne, a perspicácia e sabedoria na escolha das melhores soluções, que somente os profissionais experientes possuem e podem disponibilizar, aliados a modernos e eficientes métodos de execução;
    • Ser mentores de mais profissionais jovens, pela resiliência e maturidade que possuem: as gerações mais novas, muitas vezes, carecem de referências e modelos, e de uma palavra próxima e customizada que “pesquisas na internet” não conseguem responder diante da necessidade de tomadas de decisão;
    • Ocupar postos remunerados em instituições do terceiro setor, cujos salários podem não ser tão altos como os do setor lucrativo, mas que se podem ser conectar aos propósitos do profissional e serem muito beneficiadas com a experiência dos 50+, além de acolhê-los de forma menos preconceituosa;
    • Trabalhos em pequenas empresas que tem dificuldade em reter profissionais mais jovens que não veem expectativa de crescimento mas que continuam precisando de pessoas competentes e, neste caso, mais estáveis no que diz respeito à “escalada na carreira”;
    • Desenvolver negócios inovadores: um olhar atento ao seu redor permite identificar necessidades ainda não atendidas ou insuficientemente atendidas na comunidade. A vontade de fazer algo a respeito leva o indivíduo a se envolver com negócios da inovação (que não quer dizer necessariamente em tecnologia, mas em se fazer diferente, com mais eficiência e satisfação do público-alvo, e muitas vezes com grande senso de propósito), seja liderando seu próprio empreendimento, seja como membro de equipes de start ups, cujos jovens integrantes muito se beneficiarão com sua visão e experiência.
  1. Uma mensagem final para os profissionais em transição de carreira e para as organizações no sentido de reduzir ou eliminar os efeitos do etarismo:
    • Para os profissionais:
      • A automação de muitas atividades produtivas já é uma realidade. Avalie suas habilidades e procure valorizar seu conhecimento e entrega que dependam de fatores humanos complexos, sabendo que aquilo que há de mais humano continuará sendo necessário e valorizado;
      • Rever a rotina ocupacional: os filhos já saíram de casa ou estão mais independentes? É possível ter mais qualidade de vida e gerar mais desafios para uma nova fase de vida ainda que não se mude de empresa?
      • Rever o que é sucesso para você e o que deseja daqui para frente: qual é o seu legado para a sociedade? Cuidado para não ser levado por estereótipos; seja você mesmo;
      • Curar/ressignificar traumas e dificuldades do passado: processos psicoterápicos são essenciais para este fim – espaço profissional para reflexão e reposicionamento de si;
      • Submeter-se a processos de Gestão de Desempenho Ocupacional auxiliará na identificação de fragilidades e fortalezas, bem como no planejamento e acompanhamento prático do plano de ação para ajustes na carreira;
      • Estar aberto à uma nova carreira: teremos mais de uma carreira com o aumento da expectativa de vida brasileiro;
      • Conectar a sua experiência à realidade de hoje, atualizando sua visão para as novas necessidades; para o novo mindset;
      • Manter networking ativo, de valor e cultivar relacionamentos de longo prazo.
    • Para as organizações:
      • Repensar o perfil das vagas para escolher as pessoas certas para nos lugares certos; em algumas posições os profissionais maduros muitas vezes respondem melhor;
      • Combater toda e qualquer forma de discriminação (dos que avançam em idade ou dos profissionais em início de carreira);
      • Olhar a experiência acumulada e os valores das pessoas;
      • Promover a integração intergeracional;
      • Implementar programas sociais que ofertem estágios para pessoas da faixa etária de 50+ que estão fazendo uma formação universitária e outras formas de aproximação e valorização deste segmento.

E você? Quais foram as reflexões que se aplicam a você líder, você 50+, você em transição de carreira, você jovem, você gestor?

Visite a aba Serviços neste website e conheça um pouco mais do que temos para o Desenvolvimento de Pessoas com base em Desempenho Ocupacional.

Restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! Assista também o vídeo:

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Júnia Cordeiro

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/longevidade-e-carreira-reflex%25C3%25B5es-sobre-o-desempenho-j%25C3%25BAnia

#SistematizeSeusDesafios

Referências:

  1. American Occupational Therapy Association. Occupational therapy practice framework: Domain and process 4rd ed. Am J Occup Ther. 2020; v. 74 (Supplement 2).  S1-S87.
  2. Bichuetti LB, Bichuetti JL. Gestão de pessoas não é com o RH. 3. Ed. São Paulo: Saint Paul Editora, 2020.
  3. Cordeiro JJR. Validação da Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) no Brasil. Dissertação [Mestrado em Ciências da Reabilitação] – Universidade Federal de São Paulo; 2005.
  4. Cordeiro JJR, Camelier A, Oakley F, Jardim JR. Cross-cultural reproductibility of the Brazilian Portuguese version of the role checklist for persons with chronic obstructive pulmonary disease. Am J Occup Ther. 2007; 61(1): 33-40.
  5. IBGE https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html acessado em 31/07/21.
  6. Leite A. Ageísmo ou etarismo: o que é, como surgiu? https://www.reab.me/ageismo-ou-etarismo-o-que-e-como-surgiu/ acessado em 31/07/21.

Home Office: para quem e quando?

05/06/2021

Já estamos há pouco mais de um ano pandêmico em função da COVID-19 que trouxe grandes alterações nas relações do trabalho formal sendo a prática do home office o alvo de muitos debates e inclusive de pesquisas acadêmicas1 em relação à satisfação dos colaboradores e nível de produtividade.

Após observar e refletir exaustivamente sobre os benefícios e malefícios do home office, observamos a tendência de seu estabelecimento, não somente como uma medida sanitária emergencial de distanciamento social, mas como algo que as organizações estão debatendo e se planejando para dar continuidade. E é aí que nos perguntamos: o home office é bom para quem e quando?

É preciso lembrar que o home office é uma das categorias de Teletrabalho que, segundo Rocha e Amador (2018), é a “modalidade em que o trabalho é realizado remotamente, por meio de tecnologias de informação e comunicação (TIC) e pode  ser dividido nas seguintes categorias: trabalho em domicílio (home office), trabalho em escritórios-satélite, trabalho em telecentros, trabalho móvel, trabalho em empresas remotas ou off-shore, trabalho informal ou teletrabalho misto (arranjo com o empregador para que se trabalhe algumas horas fora da empresa)”.

Havendo a clara vinculação da prática de home office ao domicílio do colaborador, segue-se abaixo as nossas considerações específicas para esta modalidade de Teletrabalho na perspectiva da continuidade de sua prática do ponto de vista da saúde do trabalhador:

1 ) Home Office: para quem?

O trabalho em home office é positivo para aqueles trabalhadores que:

  • Atribuem um significado ao ambiente doméstico passível de incorporar atividades profissionais no mesmo espaço físico com uma certa privacidade;
  • Atribuem um significado ao ambiente organizacional passível de ser estendido para fora da sede da empresa;
  • Possuem perfil que lhes permita trabalhar sem supervisão com foco na entrega de resultados;
  • Possuem perfil de certa independência da relação com seus pares para ser produtivo naquilo que lhe compete;
  • Têm à disposição a infraestrutura minimamente adequada quanto às TICs, ao mobiliário e a outros fatores do seu entorno físico como iluminação, temperatura e som;
  • Têm ambiente social favorável ao trabalho sem elementos ou demandas que drenam a sua atenção e energia com interrupções e necessidade de atendimento às mesmas.

Os trabalhadores que estão nas condições acima citadas muito provavelmente são aqueles que estão apoiando a continuidade da prática desta modalidade de trabalho por estarem satisfeitos com seu desempenho e se beneficiando da possibilidade de não gastarem tempo de deslocamento à sede da organização, de terem um espaço mais tranquilo para a realização de suas tarefas e até mesmo de ter flexibilidade para atender demandas pessoais que são mais facilmente negociáveis com suas chefias pelo foco agora no resultado e não necessariamente no cumprimento de uma jornada em certo horário rígido.

2) Home Office: quando?

No entanto, na análise acima falta um elemento para dizermos, do ponto de vista ocupacional, que é o cenário ideal para a saúde funcional do ser humano: a prática das atividades de todos os papéis ocupacionais sendo desempenhada num único ambiente – aquele mesmo que é utilizado agora também para uma das áreas principais da vida: o trabalho.

Ou seja, se o ambiente doméstico tem sido considerado adequado para a prática do trabalho por alguns,  devemos nos perguntar: ele também é adequado para a prática de atividades de autocuidado como atividade física e outros cuidados com a saúde? Ele é adequado para ser o principal centro de compras de todos os itens necessários à sobrevivência? Ele é adequado para a realização das atividades de lazer e de socialização com a família e amigos? Ele é o mais adequado para as atividades religiosas? E para as atividades de voluntariado e de participação em organizações de cunho social? E para estudar e desenvolver seu potencial?

Tudo isso é passível de ser feito a partir do ambiente doméstico e utilizando a tecnologia? Sim e tem sido feito em função da situação emergencial de pandemia. Mas é adequado?

Kielhofner (2008), autor do Modelo da Ocupação Humana, afirma: “o ambiente demanda comportamentos particulares e desencoraja ou desautoriza outros” (p. 87). “A relação entre os seres humanos e o ambiente é íntima e recíproca” (p. 97).

Kielhofner (2008) e a Associação Americana de Terapia Ocupacional (2020) arrolam os elementos do ambiente que interferem positiva ou negativamente no desempenho ocupacional: objetos, espaço físico, produtos e tecnologia, condições naturais do meio ambiente, formas e tarefas ocupacionais, grupos sociais (família, vizinhos, colegas de trabalho), atitudes e expectativas relacionadas a um dado ambiente (costumes, ideologias, valores, normas, crenças, cultura), sistemas e políticas.

Com base nestes princípios acima citados podemos agora responder a nossa segunda pergunta: quando o home office seria uma prática recomendável e saudável para aqueles que cumprem o perfil no item 1 acima? Quando a situação sanitária permitir a livre circulação das pessoas de forma que lhes seja possível deixar o ambiente doméstico para exercer os demais papéis ocupacionais para além do papel de trabalhador e assim se beneficiar da adequação dos devidos ambientes, quando lhe for conveniente e necessário para: fazer compras, cuidar da saúde, se divertir, estudar, se socializar e exercer a sua cidadania e suas práticas religiosas.

3) Conclusão

Home office pode ser adequado e desejável para quem tem perfil e estrutura para se beneficiar de sua flexibilidade, e quando se puder circular para fora do domicílio para exercer os demais papéis ocupacionais – ou seja – no pós-pandemia. Até que isso seja possível, algum grau de risco à saúde funcional, sempre vai existir e precisa ser mitigado.

E você? Já conhece o grau de risco ao qual está submetida sua equipe em home office? Como você, líder, está cuidando das pessoas? E você trabalhador? Qual é o seu grau de consciência destes aspectos e o que tem feito a seu favor? Entre em contato e vamos conversar mais sobre isso se você necessita de estratégias funcionais para lidar com a prática do home office durante e na planejada fase pós-pandemia.

 

Júnia Cordeiro

Referências Bibliográficas

1 – Fischer AL, Amorim WAC, Kassem, MMR, Hartmann S, Bafti A. Satisfação e desempenho na migração ao home office: um estudo sobre a percepção de gestores, técnicos de nível superior e professores. FEA-USP/Fundação Instituto de Administração, 2021. Disponível em:  https://www.fea.usp.br/fea/noticias/satisfacao-com-home-office-e-tema-de-pesquisa-da-fea. Acessada em 04/06/21.

2 – Rocha CTM, Amador FS. O teletrabalho: conceituação e questões para análise. Cad. EBAPE.BR, v. 16, nº 1, Rio de Janeiro, Jan./Mar. 2018.

3 – OMS/OPAS. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) . EDUSP, 2003.

4 – Kielhofner G. The environment and human occupation. In: __. Model of Human Occupation: theory and application. 4.ed. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins; 2008. p. 85-100.

5 – American Occupational Therapy Association. Occupational therapy practice framework:  Domain and process 4rd ed. Am J Occup Ther. 2020; v. 74 (Supplement 2).  S1-S87.

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Humanização e Qualidade de Vida nas Organizações: Sistematize marca presença em Fórum do SESC São Paulo/SESC Pompeia

31/03/2021

Você tem percebido em como o trabalho remoto vem afetando a saúde dos trabalhadores? Hoje discorremos acerca dessa modalidade de trabalho que se fez tão necessária nos últimos tempos.

Com o tema Humanizando o Trabalho Remoto, a Sistematize, por meio da Sócia-Consultora Júnia Cordeiro, participou do 7o. Fórum de Qualidade de Vida nas Organizações, que integra as ações do Programa de Relacionamento com Empresas do SESC São Paulo, abrindo espaço para discutir temas pertinentes e de interesse de gestores de recursos humanos e de benefícios das empresas matriculadas.

A temática escolhida para esta 7a. edição foi a da Humanização que, segundo o SESC Pompeia, unidade organizadora do evento, “é uma tendência natural em todo o mundo com o objetivo de gerar mais qualidade de vida e, consequentemente, engajamento entre os colaboradores”, e que se tornou “um desafio constante dos recursos humanos transformar as corporações em locais de trabalho onde a abertura é o padrão para a comunicação, a voz do colaborador é ouvida e os integrantes de cada equipe se sentem significativos e conectados”.

Para abordar em profundidade o tema, a nossa palestra Humanizando o Trabalho Remoto veio se juntar aos demais assuntos abordados por excelentes palestrantes: Humanização na Gestão de Pessoas (Prof. Dr. Sigmar Malvezzi), Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho (Profa. Dra. Ana Cristina Limongi-França), Ética nas Relações do Trabalho (Profa. Dra. Maria Aparecida da Silva Bento) e o case da Adidas (Thatiana de Souza Dantas).

Infelizmente, em muitos ramos da atividade humana onde temos pessoas atendendo pessoas, seja nos serviços de saúde ou onde quer o input humano se faz fundamental para a realização direta do trabalho, tem sido preciso lembrar de que somos pessoas atendendo, convivendo e gerenciando pessoas, e não simplesmente recursos… somos seres humanos…

A pandemia de COVID-19 trouxe o imperativo do distanciamento social e a necessidade de continuidade do trabalho à distância, especialmente nos domicílios dos colaboradores, o que se denomina tecnicamente de Teletrabalho ou Trabalho Remoto, longe da sede da organização, do ambiente formatado para a execução do papel ocupacional do trabalhador. Isto vem causando enorme impacto na qualidade de vida das pessoas pelo simples fato de mudar o ambiente e a rotina, onde as atividades laborais vem disputando tempo e espaço com as atividades dos demais papéis ocupacionais dos colaboradores, especialmente em seu lar, agregando a ele o home office.

O Home Office vem se tornando cada vez mais comum, possuindo aspectos positivos e negativos, mas cabe-nos perguntar:

O home office é positivo para quem e como?  O home office é negativo para quem e por quê?

Para refletir sobre este cenário e sobre como diagnosticar a situação e planejar ações que permitam a humanização no contexto do trabalho à distância, assista à gravação da palestra Humanizando o Trabalho Remoto, acessando o vídeo abaixo:

Gostaria de desdobrar estes conhecimentos para a realidade da sua organização? Entre em contato conosco!

 

Júnia Cordeiro

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Sistematizar para fazer acontecer

13/02/2021

Se, neste início de ano seu planejamento já está pronto ou pelo menos rascunhado, ou os sonhos já estão identificados para a sua organização ou para a sua carreira, resta responder à pergunta: como fazer para chegar lá? Sistematizar os passos é a chave!

O próprio planejamento bem organizado já é uma forma de sistematização porque define ações e suas etapas, prazos e responsáveis para os projetos estratégicos do ano. Mas ainda assim, se não houver uma sistemática de execução e acompanhamento, o planejamento não decola e acaba sendo engavetado.

As chaves da sistematização são: FUNCIONALIDADE – MÉTODO – FERRAMENTA:

  • A Funcionalidade representa a célula mínima de todo o sistema, que é o processo, é a base da própria ação acontecendo na ponta da operação, no dia a dia;
  • O Método se refere à forma escolhida para promover a integração das funcionalidades;
  • A Ferramenta é o meio que instrumentaliza o método para que ele de fato alavanque a ação.

Quando realmente queremos fazer acontecer as coisas listadas abaixo, precisamos sistematizar o dia a dia da organização e da vida pessoal para que nossos sonhos se tornem realidade em situações como:

  • Alcançar a sustentabilidade financeira;
  • Mudar a cultura de uma organização;
  • Criar e ou implantar uma nova tecnologia;
  • Melhorar a eficiência reduzindo desperdícios e erros;
  • Mudar os rumos da carreira profissional;
  • Reduzir o estresse na rotina cotidiana.

Continue a refletir sobre o assunto assistindo o nosso vídeo e veja como a Sistematize pode te auxiliar em questões como as listadas acima ou em outras já identificadas em sua realidade organizacional e ou pessoal.

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/sistematizar-para-fazer-acontecer-j%25C3%25BAnia-j-rjeille-cordeiro

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Planejamento Estratégico 2021: o seu já está pronto?

21/01/2021

Início de um novo ano em meio a uma pandemia… ainda faltam muitas ferramentas para colocar nossas organizações e carreiras num ritmo que podemos chamar de “normal”. Não obstante, o ano de 2020 trouxe muito aprendizado pela experimentação de caminhos nunca antes palmilhados, por resultados positivos e negativos nunca antes imaginados. Não há como entrar em 2021 sem algumas coisas em mente incluindo o uso de uma boa “peneira” para separar o que deu certo e que vamos querer fomentar e fortalecer; e o que não deu tão certo assim, para que registremos a lição e procuremos nos desviar para caminhos que julgamos serem melhores.

Esta é a base mínima do planejamento estratégico que necessitamos ao adentrar este novo ano. Mas, e o restante? Que outras análises precisam ser feitas? Que ferramentas podemos utilizar? Quais são os pontos críticos para que este planejamento tenha relevância e engajamento pessoal e de nossa equipe organizacional?

Pensando nisso, elaboramos o artigo “Checklist de Segurança da Gestão em Anestesiologista: elementos do planejamento estratégico que todo gestor de equipe precisa conhecer e aplicar”, publicado pela SAESP (Sociedade dos Anestesiologistas de Estado de São Paulo).

Os princípios aplicados à realidade desta categoria profissional podem ser utilizados em outros tipos de atividade dentro ou fora da saúde.

Tenha acesso ao artigo na íntegra acessando a página 19 da Newsletter da SAESP por meio deste link: https://saesp.org.br/wp-content/uploads/NEWSLETTER-SAESP-04-FINAL.pdf

Está com dificuldade em fazer o planejamento estratégico da sua organização? Não sabe como garantir a implementação para que ele não seja engavetado logo nos primeiros meses do ano? Entre em contato conosco e vamos elaborar uma tática que esteja à altura do seu contexto para alcançar os resultados que podem fazer toda a diferença em 2021 e nos anos vindouros.

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/planejamento-estrat%25C3%25A9gico-2021-o-seu-j%25C3%25A1-est%25C3%25A1-pronto-j%25C3%25BAnia

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“Mil pratos” para equilibrar no ar? Como gerenciá-los sem enlouquecer?

01/12/2020

Como vai a sua rotina (com ou sem pandemia)? Uma loucura, não é mesmo? Mas é preciso cuidar do gerenciamento de suas atividades diárias pois, caso contrário, a loucura vai invadir seus pensamentos e emoções ameaçando seu equilíbrio, a produção que você almeja e, portanto, a sua saúde.

Onde a organização entra nesta história? Em duas instâncias:

1a.) Na estruturação da rotina ocupacional em si, na qual você procurará estabelecer tempo e espaço para alocar as atividades das áreas de desempenho ocupacional que permeiam o seu cotidiano: atividades de autocuidado pessoal (incluindo cuidados da saúde), atividades da vida doméstica e pessoal, trabalho, estudo lazer, atividades de engajamento social, descanso e sono*;

2o.) No planejamento do seu ano, com objetivos e metas divididos ao longo dos meses e, a cada início de mês, fatiados pelas semanas e, a cada semana, tarefas programadas para cada dia.

Segundo a Associação Americana de Terapia Ocupacional, que congrega profissionais especializados na Ocupação Humana, seja para a recuperação da saúde por meio de atividades e outros recursos terapêuticos, seja na promoção da saúde e participação social por meio de orientações e ajustes em hábitos, rotinas, rituais e desempenho de papéis ocupacionais, a rotina provê estrutura para a nossa vida e pode ser benéfica ou prejudicial de acordo com a sua organização*.

O que distingue uma rotina saudável de uma rotina disfuncional ou não-saudável? A rotina saudável é equilibrada no uso do tempos nas várias áreas de desempenho ocupacional e permite  produções com satisfação. A rotina é prejudicial quando é desequilibrada em tempos e é preenchida com atividades em que o você sente como se “arrastasse correntes” – atividades que não te energizam, que não alimentam a sua alma e que, portanto, são desempenhadas de forma inadequada.

Então, como você pode aplicar os conceitos acima em seu dia a dia e manter a sua saúde e a satisfação no seu fazer cotidiano? Confira as diretrizes abaixo:

  • Equilibrando a rotina em situações de crise como na pandemia da COVID-19: Listar em cada área de desempenho ocupacional as tarefas que você precisa executar, escolher as mais importantes e possíveis neste momento especial e buscar negociar, adaptar, flexibilizar aquilo em que há mais dificuldade, além de olhar para si com compaixão, sem se exigir de forma exagerada;
  • Gerenciando as metas de cada semana: Se você já tem definido o que deseja alcançar mensalmente para que se cumpra sua visão para o fim do próximo ano (e está na hora de planejar!!!!), fatie as metas de cada mês para que elas sejam paulatinamente alcançadas em cada semana e anote no seu planner (uma agenda com visão semanal total a cada duas páginas) ou na ferramenta digital de sua preferência;
  • Organizando o dia de hoje: A agenda do dia de hoje não se compõe somente das atividades desdobradas das metas semanais, mas também daquelas que surgiram ontem, daquela nova demanda que acabou de chegar pelo WhatsApp com urgência, bem como das coisas básicas da sua rotina como cuidar de si e de sua vida pessoal. Como fazer então ???!!!! Na última hora de trabalho do dia anterior ou na primeira hora útil de hoje, organize uma lista num papel (ou na ferramenta digital de sua preferência) alocando todas as suas metas do dia na sequência em que você acha melhor executá-las e, a partir daí, faça foco e concentre-se em resolver uma de cada vez!
  • Fazendo o acompanhamento para não perder o rumo: nem tudo o que se planeja é de fato executado e precisa ser reprogramado. Uma revisão semanal de suas metas e alcances é fundamental e geralmente é feita na última hora útil da semana ou na primeira hora útil no início de cada semana.

E, por fim, deixamos aqui para você pensar alguns ditos populares que trazem consigo diretrizes mas também contradições que colocam em cheque a nossa postura em relação à rotina ocupacional, organização, produtividade e saúde:

  • “Início, meio e fim” ou fechamento de ciclos. Se você não fecha o ciclo, corre o risco de desperdiçar o esforço dos primeiros passos – mas deve estar atento à necessidade de interromper atividades e processos de forma consciente;
  • Planejar ou confiar em “eu escuto meu coração“. Racionalidade versus emoção na gestão de nossa vida pessoal e profissional – estas duas instâncias possuem seu valor; procure equilibrá-las e nunca usar somente uma delas;
  • Planejar ou “viver um dia de cada vez” ou “deixa a vida me levar”. Como conciliar o curto e o longo prazo na rotina? É bom não ter rotina quando se está de férias, fazendo somente o que dá vontade, conforme as oportunidades forem surgindo. Estes períodos são muito importantes, e se constituem no ócio criativo que é extremamente importante para que surjam insights para uma nova jornada, novo projeto, nova fase de vida. Fora deste período, a palavra de ordem é planejar, planejar e planejar, fazendo sempre a crítica dos resultados;
  • Planejar ou confiar em “eu já tenho tudo na cabeça…”? O uso de ferramentas, sejam físicas ou virtuais, é de cabal importância para gerenciarmos o volume de coisas, na sua maioria complexas, com as quais estamos envolvidos hoje. Tentar “segurar estes mil pratos da cabeça”, só vai causar mais estresse às pessoas mais comprometidas com seus compromissos;
  • “Cada coisa no seu lugar”; “a mão que tira, põe”. A organização do ambiente afeta a rotina. Ter lugar pré-determinado para cada coisa (e manter o local organizado) auxilia no rápido resgate da mesma quando se precisa e causa uma boa impressão no ambiente que reverbera no bem-estar interior e na prontidão para se executar o que se necessita.

Estes conceitos e diretrizes foram discutidos numa live em que a Sistematize foi convidada a discutir o tema – confira o vídeo acima.

Você precisa de auxílio para sistematizar seu cotidiano, ter equilíbrio e saúde? A Sistematize, em seu pilar Recursos Humanos/Carreira e Desempenho Ocupacional realiza o diagnóstico situacional e assessora a implementação de estratégias desenhadas especificamente para que você possa nutrir a sua alma a cada passo concreto que palmilha rumo aos seus objetivos.

*American Occupational Therapy Association. The American Journal of Occupational Therapy, August 2020, Vol. 74, Suppl. 2. p. 1-87.

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/mil-pratos-para-equilibrar-ar-como-gerenci%25C3%25A1-los-sem-j%25C3%25BAnia/?trackingId=c6LLZvlsZkwUM447npMAeg%3D%3D

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Home Office no pós-pandemia (e durante a pandemia…)

25/09/2020

E….de repente….Go home! Ou Home Office! Foi o que muitas organizações tiveram que decidir e dizer aos seus colaboradores quando as diretrizes sanitárias estabeleceram a estratégia de distanciamento social com o início da pandemia da COVID-19. No mundo do trabalho esta foi a solução para os serviços não essenciais que, em primeira instância, poderiam ser executados nos domicílios dos colaboradores e entregues por meios digitais e de comunicação telefônica com chefias, pares, clientes e fornecedores.

Deste primeiro momento de Go home! observaram-se resultados positivos e negativos. Uma pesquisa realizada pela Cushman & Wakefield aponta que para 85% dos executivos de multinacionais ouvidos, a experiência do trabalho remoto tem mais pontos positivos do que negativos e que, depois de semanas trabalhando em casa, 73,8% das empresas pretendem instituir o home office como prática definitiva no Brasil após a pandemia do novo coronavírus (1).

Mas os efeitos deletérios também estão presentes neste cenário apontando para os riscos de burnout e agravamento de questões de saúde mental pré-existentes, seja de profissionais autônomos ou mesmo daqueles com empregos fixos que se submetem a ambiente físico e social não adequados no domicílio, bem como a uma rotina mal administrada que não permite a contemplação do desempenho ocupacional equilibrado em todas as suas áreas, conforme descritas pela Associação Americana de Terapia Ocupacional: autocuidado, cuidados da vida pessoal domésticas, atividades sociofamiliares, trabalho, estudo, lazer, descanso/sono (2).

E…de repente no pós-pandemia…Stay home! Mas como fazer isso de forma que se preserve o real valor do capital humano, a eficiência e segurança dos processos organizacionais, e sua sustentabilidade?

É preciso realizar minucioso diagnóstico situacional e, em seguida, implementar ações graduais conforme as possibilidades organizacionais e exigências da legislação, dentro das seguintes diretrizes:

  • Simbolismo: A organização precisa ressignificar o capital humano e a forma de fazer a sua gestão; e o colaborador precisa ressignificar o ambiente doméstico enquanto ambiente laboral também;
  • Perfil: Repensar alocação – quem retorna para organização, quem permanece em trabalho remoto ou em home office, que implica em esquemas mistos entre o trabalho à distância e presencial (entre dias e horários na semana);
  • Infraestrutura: Mobiliário, recursos de telefonia e de internet (acesso às redes remotas e demais recursos digitais) precisam ser seguros do ponto de ergonômico e de eficiência segurança do meio digital e da informação transacionada;
  • Ambiente Físico e Social: É preciso haver espaço reservado/adequado para a realização do trabalho, bem como qualidade de luminosidade e temperatura;
  • Rotina Ocupacional – a elaboração de planilha semanal onde estejam contempladas (e claras) a divisão de tempo para alocação de atividades nas áreas de desempenho ocupacional é vital para a manutenção da saúde psicofísica e realização pessoal:
    • Autocuidado (alimentação, higiene, saúde): indo desde orientação até a provisão de benefícios;
    • Cuidados da Vida Pessoal: orientação para eficiência e gerenciamento de tempo e tarefas;
    • Atividades Sociofamiliares: Orientação à suporte para prevenir e tratar burnout;
    • Trabalho: gestão de prazos, tarefas, supervisão e comunicação constante;
    • Estudo: orientação à suporte e provisão de educação continuada;
    • Lazer: orientação à suporte para oportunidades de lazer;
    • Descanso e sono: de orientação para pausas à higiene do sono.

Durante a implantação das ações graduais para se atingir os níveis satisfatórios de orientação, adequação/ajuste e ou provisão de recursos é muito importante que a organização se paute em:

  • Clareza, transparência na comunicação de como estes processos vão ocorrer;
  • Criação e implementação de soluções em estreita coparticipação com os colaboradores e gestores operacionais, valorizando o conhecimento que possuem sobre suas capacidades, seu contexto e sobre o seu comprometimento com a realização da missão da organização.

Para maiores detalhes sobre o diagnóstico situacional e a implementação das diretrizes acima citadas, assista à gravação da nossa live apresentada junto à Mantris Gestão em Saúde Corporativa intitulada “Home Office no pós-pandemia: Como diagnosticar a situação instalada durante a pandemia e se preparar para os ajustes possíveis no futuro próximo”, no vídeo acima.

Entre em contato conosco para solicitar o apoio customizado à implantação do Home Office em tempos de Pós-Pandemia (e durante a pandemia) na sua organização.

Referências:

(1) https://exame.com/carreira/home-office-definitivo-para-74-das-empresas-no-brasil-a-resposta-e-sim/

(2) AMERICAN OCCUPATIONAL THERAPY ASSOCIATION. Occupational therapy practice framework: Domain and process 3rd ed. Am. J. Occup. Therapy. v. 68 (Supplement 1) 2014. S1-S48.

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/home-office-p%25C3%25B3s-pandemia-e-durante-pandemia-j%25C3%25BAnia-j-rjeille-cordeiro/

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Desafios da inovação em saúde

08/09/2020

Sua organização está de “cabelo em pé” com as tecnologias que se fazem necessárias no momento atual e daqui para frente?

Sua startup tem dificuldade para modelar e incorporar a inovação proposta no ambiente de saúde?

Tecnologia e inovação em saúde fazem parte do DNA da equipe da Sistematize pela sua experiência na criação de modelo de utilidade patenteado para mesa destinada a pessoas com dependência na atividade de alimentação, participação como sponsor em implantação sistemas integrados organizacionais (ERPs – Enterprise Resource Planning) em instituições de saúde; análise e melhoria de processos prévios à implantação de ERPs; gestão da mudança para a implantação de softwares de gestão; e mapeamento de inovações no mercado para a saúde e sua correlação de uso de acordo com a maturidade de gestão da qualidade institucional. E agora somos reconhecidos como Membro Health Innovator do Health Innova Hub – um hub de inovação cuja missão é fortalecer o ecossistema digital em saúde.

Inovar é, antes de tudo, conseguir resolver o problema que impede a plena manifestação do foco no paciente e a sustentabilidade da organização com os recursos que estão acessíveis, ainda mais considerando a desigualdade de recursos existente entre as regiões brasileiras.

Embora a passos lentos, o setor de saúde vinha se informatizando paulatinamente, iniciando pela implantação dos ERPs, passando pelo prontuário eletrônico do paciente (PEP) e…. ficava mais ou menos por aí mesmo. Só a implantação do prontuário já causava um grande alvoroço nas organizações de saúde devido a tantos entraves que as equipes usuárias encontravam para se adequar ao software ou para definir processos ainda não definidos e até mesmo para conseguir que o software fosse customizado para processos próprios que a equipe considerava imprescindíveis, sem falar em soluções pontuais que não conseguiam fazer a devida interface com os softwares já implantados na instituição…. quantos gargalos!

O ponto-chave para o sucesso desta operação recai sobre a mudança de cultura – muitas organizações desejavam inovar mas não estavam culturalmente preparadas para este empreitada e … qual era o resultado? O abandono ou a subutilização da ferramenta na qual a alta liderança investiu recursos financeiros e expectativa de que, por meio desta implantação, os dados provenientes dos processos assistenciais e de apoio chegassem a si para a devida tomada de decisão e para a melhoria contínua.

Mas, com a pandemia da COVID-19 todo este cenário foi acelerado e onde nem se pensava em passar do uso do PEP hoje temos até a telessaúde funcionando com teleconsulta, telediagnóstico e telemonitoramento, assim, num “piscar de olhos”.

Por outro lado, empresas de tecnologia, sejam startups ou sejam institutos de pesquisa tecnológica, que possuem em suas mãos soluções desenvolvidas ou em desenvolvimento para a área de saúde, tem dificuldade em se integrar ao setor, em entender a “dor” de uma determinada organização e em implantar suas soluções porque os processos não estão devidamente ajustados para serem transformados do modo analógico para o digital ou porque suas soluções não foram devidamente validadas ou pela simples ausência de infraestrutura de TI que impacta, por exemplo, na interoperabilidade.

Bem, as demandas da população têm sido de alguma forma sido atendidas, mas as organizações de saúde já perceberam que precisam remodelar o seu processo e incorporar de forma definitiva tecnologias que não vieram para substituir o cuidado pessoal, mas vieram para prover cuidado mais preciso e mais amplo, prover monitoramento mais amiúde e ter mais dados (ah…os dados!) para que se saiba, com agilidade, o que está ocorrendo na operação e na assistência a fim de que decisões rápidas e assertivas possam ser tomadas, especialmente em momentos de contingência como este que vivemos.

MAS COMO INTEGRAR AS TECNOLOGIAS AOS PROCESSOS ATUAIS DA ORGANIZAÇÃO? É MAIS OU MENOS COMO “TROCAR A TURBINA DO AVIÃO COM O AVIÃO NO AR”….

E é aí que a Sistematize vem contribuir, por meio do seu pilar de Tecnologia de Informação (TI) Aplicada à Saúde, para apoiar o desenvolvimento e a implantação de tecnologias neste setor tão sensível, buscando alinhar os times de saúde com os novos processos digitais propostos, fazendo a interface com a empresa de TI. Aqui, na Sistematize, o discurso assistencial, gerencial e tecnológico é integrado e sistematizado de forma equilibrada com foco no paciente e na sustentabilidade da organização.

Neste processo de integração e melhoria, os passos cruciais são:

Mapeamento de necessidades para a definição de prioridades de acordo com o planejamento estratégico e com os recursos disponíveis;

a) Alinhamento da alta liderança com os demais níveis da organização quanto ao processo e        expectativas de resultados;

b) Escolha da solução tecnológica, verificando a sua adequação e status de validação e interoperabilidade para a implantação;

c) Mapeamento e ajuste dos processos que serão alterados com a entrada da tecnologia;

d) Gestão de mudança desde a alta liderança até a linha de frente;

e) Apoio à implantação;

f) Avaliação dos dados obtidos e sua utilização na gestão assistencial e administrativa para a melhoria contínua.

Então, se TI e processos de saúde forem o seu problema ou de sua organização, nós o convidamos a transformar este desafio em um marco surpreendente! Fale conosco!

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Home Office – Percepções sobre saúde física e mental do trabalhador

24/07/2020

O ano de 2020 está nos trazendo muitas surpresas e entre elas, o crescimento de uma nova forma de trabalho: o home office, a prática de trabalhar remotamente, de sua própria casa, que viu uma onda de adesão mundial devido à pandemia do novo coronavírus e às necessárias práticas de distanciamento social. O Brasil é um dos países que registraram maior crescimento desta modalidade e, de acordo com os indicadores, a intenção das empresas é manter a modalidade como definitiva em muitos casos.

Apesar de possuir uma vasta lista de prós, tais quais a maior proximidade da família, não perder horas do dia em deslocamento, redução do estresse, e talvez até maior flexibilidade no seu próprio trabalho, a modalidade por vezes também pode trazer contras que às vezes os colaboradores esquecem.

Segundo a terapeuta ocupacional Júnia Rjeille Cordeiro, o primeiro passo para conciliar isso é ressignificar os espaços da sua casa, delimitando bem os lugares de trabalho e de descanso, pois corremos o risco de fatigar a nós mesmos transformando o local que costumava ser o nosso “porto seguro” inteiramente em um local de trabalho. Júnia pontua a importância ainda maior de estabelecer uma rotina para o colaborador, importante para amenizar as dificuldades de adaptação e potencializar a produtividade no decorrer dos dias.

Apesar das incertezas do futuro, os indícios apontam para uma consolidação da cultura do trabalho remoto no país. Segundo estudo da FDC com a Grant Thornton, 54% dos profissionais brasileiros atualmente em home office tentarão negociar com o empregador a continuação do regime. “Não é que não estejamos conseguindo trabalhar em casa, não estamos conseguindo é adequar o trabalho à nossa casa”, ressalta o fisioterapeuta do trabalho Alexandre Baptista. Baptista concorda sobre a tendência do trabalho remoto no futuro, mas ressalta que por ter sido uma mudança abrupta, pode ser que tenhamos maiores problemas ergonômicos devido à falta de instalações físicas para a realização do trabalho e alerta para a importância de uma orientação adequada para melhorar o espaço de trabalho visando a saúde do trabalhador.

Se interessou pelo assunto e quer saber mais sobre saúde física e mental durante o home office? Então clique acima e confira a live com dois especialistas que o Crefito5 produziu pra ti!

Fonte: Crefito-5 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – 5a. região) em 19/06/2020: http://www.crefito5.org.br/noticia/home-office-percepcoes-sobre-saude-fisica-e-mental-do-trabalhador

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Check-up de Papéis Ocupacionais: em busca da realização pessoal.

21/05/2020

Em tempos de pandemia da COVID-19, o cuidado com a nossa saúde está em destaque. O coronavírus trouxe uma pandemia associada: a da DISFUNÇÃO OCUPACIONAL, provocada pelo distanciamento social e alteração de nossa rotina pessoal causando impacto na forma e no resultado de nossas ocupações, seja no âmbito pessoal, seja no âmbito social (trabalho, estudo, lazer, etc.).

Por meio do Projeto Fibra Talks, a Sistematize, tendo como pilar sua atuação em Recursos Humanos – Carreira e Desempenho Ocupacional, disponibilizou instruções simples para que você possa checar o desempenho de seus papéis ocupacionais, atividades envolvidas e como tudo isso impacta a sua rotina – desta forma é possível elaborar um pré-diagnóstico da situação, dentro ou fora deste momento de crise social.

Confira o vídeo acima e entre em contato conosco para contar como seus papéis e rotina ocupacionais foram afetados, e também para que possamos auxiliar a sistematizar o desafio de transformar as alterações sofridas em caminhos para a realização pessoal.

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HAS promove workshop de auditoria interna

10/02/2019

Com o objetivo de capacitar colaboradores das áreas administrativas e assistenciais para atuarem como auditores internos, o Hospital Auxiliar de Suzano (HAS) promoveu nos dias 23 e 24 de janeiro o I Workshop de Auditoria Interna.

O evento conduzido pela facilitadora e gestora em saúde, Júnia Cordeiro, e pela Enfermeira e Consultora em saúde, Denise Pourrat Dalgé, propuseram aos participantes a estruturação de listas de verificação de auditoria a fim de examinar os sistemas, processos e procedimentos visando a melhoria contínua dos serviços. Cerca de 30 profissionais participaram do evento.

workshop foi realizado pelo Comitê de Qualidade e Segurança do Paciente e contou com o apoio das Diretorias, Centro de Comunicação e Unidade de Educação Permanente HAS.

Fonte: HC ON LINE
https://hconline.hc.fm.usp.br/n620_2019.htm

 


HAS realiza o I Workshop de Gerenciamento de Riscos e Segurança do Paciente

27/01/2019

O Comitê de Qualidade e Segurança do Paciente, em parceira com a Sub Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, do Hospital Auxiliar de Suzano (HAS), promoveu nos dias 8 e 9 de janeiro o I Workshop de Gerenciamento de Riscos e Segurança do Paciente. Com o intuito de integrar as ações do planejamento estratégico traçadas para 2019-2020, profissionais das diversas áreas do hospital foram convidados a propor ações de melhorias às práticas, a fim de diminuir ou eliminar riscos na assistência ao cliente associados aos cuidados.

A facilitadora e gestora em saúde, Júnia Cordeiro, conduziu e propôs tópicos desafios para mapeamento de riscos de alguns processos baseados na vivência das equipes e nos eventos registrados no Sistema de Notificação. Os participantes foram divididos em grupos para analisar os riscos, causas, efeitos potenciais e barreiras atuais, além de avaliar o grau de severidade, ocorrência e detecção. Estas propostas serão mapeadas para compor estratégias para implementar melhorias no gerenciamento de riscos, através do acompanhamento de indicadores. Cerca de 50 profissionais participaram do evento.

A iniciativa contou com o apoio das Diretorias e Unidade de Educação Permanente HAS.

Fonte: HC ON LINE
https://hconline.hc.fm.usp.br/n618_2019.htm